Uma História Orwelliana

Num mundo distópico, onde o real e o imaginário se unem, o Ser observa, controla, sussurra. 

Um Ser que, corrompendo dogmas, é omnisciente, omnipresente, omnipotente. 

Como é isto possível, desconhece-se.

Contudo, sabemo-lo, presente no quotidiano de cada um, não num murmuro, mas gritando estridente no nosso subconsciente. 

O Ser decreta, nós cumprimos.

Este espetáculo não relata a natureza deste Ser, retrata sim o prelúdio de duas destas entidades nesta epopeia. 

Se nenhum ato heroico ou lendário é ditado, será epopeia o termo indicado?

Ultrapassando vários obstáculos impostos no seu caminho, estarão sujeitos a momentos de linha tão ténue entre o obedecer e as repercussões de o negarem, que inocentemente começam a duvidar das verdades que pregam.

Compelidos pela obsessiva tendência à servidão e divididos pela curiosidade de existirem outros prismas, questionam-se se, mesmo assim, deverão anuir ou atrever-se a desobedecer? 

Continuarão eles próprios a acreditar?

Estamos condenados à eterna questão fundamental da vida!

Teremos nós liberdade perante as nossas escolhas? Ou careceremos sempre de aval perante um governo superior?